A torcida respondeu ao chamado dos clubes e ocupou pacificamente as dependências do Estádio de Pituaçu para o chamado Bavi da Paz. Mas apesar da disposição demonstrada em campo no dia seguinte ao fim da greve dos policiais militares, as tropas comandadas por Falcão e Cerezo negaram fogo e o 80º aniversário do maior clássico nordestino foi lembrado com um 0 a 0 no placar eletrônico.

O resultado foi ruim para os dois times: o Bahia segue em segundo, com 17 pontos, mas viu a distância para o líder, o xará Bahia de Feira, subir para quatro pontos após o triunfo no clássico local com o Flu de Feira por 1 a 0; pior ainda para o Vitória, que, com 13 pontos, foi alcançado pelo xará de Conquista, que também venceu o derby contra o Serrano, por 3 a 0 e pelo Feirense, que fez 1 a 0 no Itabuna.

Superado pelo Conquista no número de triunfos, o Vitória caiu para o quarto lugar e só não saiu do G4 por levar vantagem sobre o Feirense no saldo de gols. Na róxima rodada, quarta-feira, o Vitória recebe o Camaçari no Barradão, enquanto o Bahia encara o Juazeiro no estádio Adauto Morais.
 

O jogo
O técnico Cerezo surpreendeu ao escalar quatro volantes no meio-campo: entraram Uelliton, Rodrigo Mancha, Mineiro e Róbston, enquanto Pedro Ken, Lúcio Flávio, Arthur Maia ficaram no banco de reservas.

Pelo Bahia, o estreante Paulo Roberto Falcão foi mais ousado e colocou Moris e Zé Roberto desde o início, e manteve Gabriel no time, desta vez em sua posição de origem, o ataque, aproveitando o retorno de Coelho à lateral direita.

E o primeiro tempo foi um retrato das escolhas de seus treinadores: o Bahia na frente, pressionando o Vitória, que buscava na velocidade de marquinhos uma válvula de escape para o contra-ataque.

E foi Marquinhos quem criou a primeira chance de gol do jogo, aos 8 min. Ele avançou pelo meio e chutou, mas a bola desviou em Titi e saiu tirando tinta da trave direita de Omar.

O Bahia passou a faszer prevalecer o seu melhor toque de bola e aos poucos os rubro-negros tiveram de apelar para faltas duras e, consequentemente, a colecionar cartões amarelos. Primeiro foi Gabriel Paulista, advertido por derrubar Souza aos 13min, depois foi
Elton, punido por acertar Gabriel, e por fim Mineiro fez falta por trás em zé Roberto e também foi premiado.

Mesmo dominando a partida, o Bahia só criou sua primeira chance de gol aos 22min: Coelho cobrou escanteio, Douglas sai mal e Fahel mandou de cabeça para fora.

O Vitória reequilibrou as ações nos minutos finais do primeiro tempo, o que fez com que Cerezo voltasse do intervalo com a mesma formação para a etapa final, assim como Falcão fez com o Bahia.

Logo no primeiro minuto, Marquinhos invadiu a área pela direita e mandou a bola por cima do travessão. Aos 6min, a resposta tricolor veio na bola cruzada por Hélder para Morais, que, livre na área, raspou a cabeça na bola e mandou à esquerda da meta de Douglas.

Sentindo a pressão do adversário e temendo pelo excesso de jogadores pendurados, Cerezo começou a mexer na equipe: trocou
Mineiro, que já tinha amarelo, por Pedro Ken e o estreante Robston, cansado, por Artur Maia.

As respostas de Falcão foram imediatas: aplaudido, Zé Roberto saiu para a entrada de Vander, e Fabinho deixou o campo para dar lugar a Diones. Aos 22min, cerezo foi obrigado a queimar sua terceira substituição: Ueliton, com dores no músculo adutor da coxa esquerda, foi trocado por Michel.

As alterações não mudaram o panorama da partida e os dois times continuaram agredindo pouco até que o apito final sacramentou o merecido empate sem gols.

 

Bahia 0 x 0 Vitória
Campeonato Baiano - 8ª Rodada

Data: 12/02/2012 (domingo)
Local: Pituaçu, em Salvador
Árbitro: Rodrigo Cintra, auxiliado por Raimundo Carneiro Oliveira e Elicarlos Franco de Oliveira
Renda: R$ 771.015,00
Público: 29.388 pagantes
Cartões amarelos: Helder (B); Gabriel Paulista, Elton e Mineiro (V)
 

Bahia
Omar; Coelho, Rafael Donato, Titi e Hélder (William Matheus); Fabinho (Diones), Fahel, Morais e Zé Roberto (Vander); Gabriel e Souza.
Técnico: Falcão

Vitória
Douglas; Léo, Dankler, Gabriel Paulista e Elton; Uelliton (Michel), Rodrigo Mancha, Mineiro (Pedro Ken) e Róbston (Artur Maia); Marquinhos e Neto Baiano.
Técnico: Cerezo