Com dois homens a menos durante todo o segundo tempo, a Portuguesa foi valente e segurou o empate em 0 a 0 com o Náutico, nesta terça-feira, nos Aflitos. O resultado mantém a Lusa na liderança da Série B do Campeonato Brasileiro, com um ponto a mais que a Ponte Preta, que venceu de virada na rodada. Já o Timbu segue em terceiro.
 

Quem esperava um jogo eletrizante desde o primeiro minuto de bola rolando se decepcionou. As equipes fizeram um primeiro tempo sem emoção, equilibrado e com pouquíssimas chances de gol.
 

Eduardo Ramos e Marcelo Cordeiro, em cobranças de falta, foram os primeiros a tentar abrir o placar. Depois, Ramos, de novo, parou nas mãos de Weverton, e Luis Ricardo desperdiçou boa chance pela direita.
 

Quando parecia que a etapa inicial não teria um lance de destaque, dois jogadores da Lusa foram expulsos. Por falta em Kieza, Ferdinando recebeu o segundo amarelo. Por reclamação, Marcelo Cordeiro também foi amarelado pela segunda vez.
 

O lateral-esquerdo deixou o campo irritado e exclamando:
 

- Tem de ganhar da Portuguesa no campo, no campo - esbravejou.
 

O técnico da Portuguesa, Jorginho, não levou a equipe para o vestiário e passou as instruções no gramado, onde os jogadores aguardaram sentados - e ouvindo e vendo a pressão da torcida alvirrubra - o recomeço da partida.
 

Como era de se esperar, o segundo tempo foi de ataque contra defesa. Mas o Náutico cometeu o erro de centralizar as jogadas ofensivas, ao invés de usar as laterais. Assim, encontrava oito jogadores pela frente cada vez que tentava o gol. E a Portuguesa, valente e organizada, se defendia.

As chances mais claras do time da casa de balançar a rede aconteceram aos 21 e aos 37 minutos. Primeiro, Phillip arriscou chute de fora da área. Faltou capricho no que seria um golaço. Depois, Weverton defendeu de modo incrível chute de Kieza.
 

O torcedor alvirrubro não pode reclamar de falta de empenho... mas a bola - que beijou a trave e parou nas mãos de Weverton - não quis entrar. Melhor para a Portuguesa, que, guerreira, volta para casa com um ponto, que, para muitos, era quase impossível.