Luiz Andrade fala sobre trabalho na preparação física do Bahia
O preparador físico do Bahia, Luiz Andrade, concedeu entrevista exclusiva para a Equipe dos Galáticos na noite desta segunda-feira (29). O profissional falou sobre a carreira e destacou os desafios de trabalhar respeitando os protocolos de retorno diante da pandemia causada pelo novo coronavírus.
"Eu sou de São Paulo e trabalho com preparação física a mais de 20 anos. Comecei minha carreira profissional na base do Corinthians, onde fiquei nove anos. Depois ainda em São Paulo, eu passei pelo Desportivo Brasil e depois fui para a Portuguesa, fiquei dois anos na Portuguesa, até que surgiu a proposta do Bahia. A gente aceitou de prontidão e graças a Deus a gente já está a cinco anos por aqui", disse Andrade.
O preparador destacou a relação com os atletas após a volta da pandemia. Para Luiz, o distanciamento com os atletas nas atividades esportivas é algo estranho.
"Foi uma situação estranha. Foi muito bom voltar a trabalhar presencialmente, todos estavam sentindo falta do dia a dia, mas ao mesmo tempo estranho. A interação entre nós profissionais não foi tão próxima, então foi bem estranho, um negócio bem diferente para todo mundo", afirmou.
Sobre a condição física dos atletas, o preparador afirmou que por conta do distanciamento, não tem como garantir a evolução de todos os jogadores, no entanto, a intenção das atividades em casa seria manter os atletas em constante movimento.
"Com relação a condição física dos atletas, nós estávamos com bastante contato com a comissão técnica, liderada pelo Paulo Paixão. Estávamos mantendo os atletas ativos, através de transcrições de treino e a também através de treinos na reta final de quarentena pelas plataformas virtuais. Ainda assim, a gente sabe que cada um chega num momento, numa fase de preparação física. Não são todos que treinam da mesma forma. A gente tentou deixa-los ativos, esse foi o objetivo", destacou.
Por fim, Luiz falou sobre a adaptação das atividades durante os treinamentos.
"Nós sabemos que futebol é um esporte de contato. Isso faz uma grande diferença nos treinamentos também. A gente procura desenvolver os treinamentos da forma mais específica possível e da forma mais próxima da que eles vão encontrar nos jogos. A adaptação que a gente tem é de tentar realizar os movimentos que eles vão fazer dentro do jogo, porém, sem o contato", contou o preparador.