Enquanto a delegação brasileira desfilava na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, em Londres, a seleção de futebol estava concentrada em Manchester, a 315km de distância.

O atacante Neymar pareceu não dar a mínima e postou no twitter, exatamente neste horário, uma foto de um controle de videogame e um fone de ouvido com a frase “Game + música - noix”, sugerindo que não estava acompanhando a cerimônia.
 

Foi o que bastou para a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, medalhista olímpica em 2000 e comentarista da ESPN disparar contra o craque santista. “Espírito olímpico a anos luz de distância”, disse, após retuitar mensagem do colunista do UOL e da BandNews FM, José Simão: “Nem o Neymar tá assistindo essa Apertura! Tá jogando game! Vi no "instagran" dele”.

A rivalidade entre os jogadores de futebol com atletas brasileiros de outras modalidades é antiga. Os boleiros são criticados pelo excesso de badalação, luxo excessivo na concentração e esclusivismo por não compartilhar o mesmo espaço do restante da delegação, na Vila Olímpica.

A distância das sedes do futebol para o restante dos Jogos é o argumento de praxe usado pela CBF, mas de uma crítica pelo menos os futebolistas não podem reclamar: nunca justificaram plenamente a fama que tiveram, pelo menos nos Jogos Olímpicos. Afinal, até hoje a Seleção Brasileira de futebol nunca trouxe um único ouro para o Brasil nos Jogos.