Em cinco anos em Salvador, Alison conseguiu fazer história com a camisa de Bahia e Vitória. No Tricolor, foram quatro temporadas, com direito a acesso à Série A do Brasileirão como destaque. No Rubro-Negro, foi apenas um ano, mas suficiente para ser eleito o craque do campeonato baiano, em 2011.

Hoje aposentado, o ex-zagueiro foi entrevistado pela equipe dos Galáticos. O ex-atleta comentou sobre as passagens na dupla Ba-Vi e lembrou os bons e os difíceis momentos.

"Foram quatro anos no Bahia e um no Vitória. Cheguei em 2007 (no Tricolor), vindo do Treze-PB. Era um clube enorme, mas passava pelo pior momento da história. O ano de 2008 foi complicado. O Bahia atravessava um momento ruim, com dificuldade financeira e de estrutura. Mas, quis o destino que a gente desse início à recuperação do Bahia", disse.

O ex-jogador afirmou ter vivido no Esquadrão os momentos mais marcantes da carreira. "Fui mais feliz no Bahia. Passei mais tempo no Bahia, foram quatro anos. Acho que 2007 e 2010 foram meus melhores anos no clube. Pelo tempo que fiquei no Bahia, vivi o céu e o inferno. Foram momentos complicados, como o da invasão de torcedores no Fazendão, que a agente teve, praticamente, que sair na mão. O Bahia foi o clube onde vivi tudo, bons e maus momentos".

"Depois, estive no Vitória e foi o ano que meu pai faleceu. Foi muito difícil, voltei para o Rio Grande do Norte e resolvi dar uma parada na carreira. Depois, já no meio de 2012, recebi uma proposta do ABC e aceitei. Retomei minha carreira e passei por Náutico, América-MG, Ituano e encerrei minha carreira em 2019, no América-RN", continuou.

Ele também elegeu o melhor companheiro de zaga que teve. "Tive duplas marcantes com o Eduardo e o Nem, no Bahia. Mas, como gosto muito de atletas técnicos, fico com o Eduardo. Tinha uma técnica muito superior à minha, um menino muito talentoso. Foi minha melhor dupla no Bahia".

Já sobre a aposentadoria do futebol no ano passado, com apenas 35 anos, o ex-defensor revelou problemas fora de campo, no América-RN, que o influenciaram na decisão. "Quando você chega na idade que tem oportunidade de estar em clube estruturado, que te dar condições de prolongar a carreira, é muito bom. Mas, quando você está em clube que não tem essa condição e acaba exigindo que você assuma outras funções, não vale a pena. Tecnicamente, eu tinha condição de jogar mais três anos. Mas, além das lesões, o que me motivou mais foi o presidente me procurar para resolver outros problemas do clube, resolver problemas com funcionários. Me ligava à noite, em minha casa, para me pedir ajuda em coisas que eu não tinha responsabilidade. Isso me sugou e, por isso, tomei essa decisão, que não foi fácil. Mas, minha carreira de jogador foi muito boa, fui muito feliz".

Um ano após a aposentadoria, Alison, de 36 anos, se tornou empresário em sua cidade natal, Parnamirim-RN, localizada na região metropolitana de Natal. "Construí uma Arena de futebol society, onde tem três campos, aqui na minha cidade. Também entrei para o ramo de farmácias e montei uma escolinha, que leva o nome da minha Arena, a escolinha Arena 3A. Agora pretendo estudar, fazer uma faculdade para me especializar e dar continuidade à nova carreira".