Candidato à presidência da Federação Bahiana de Futebol (FBF) com o apoio do atual mandatário da CBF, Ednaldo Rodrigues, Ederlane Amorim fez acusações contra a diretoria da entidade, presidida por Ricardo Lima. Segundo Amorim, o presidente utilizou de ameaças para tentar impedir seu encontro com presidentes de ligas do Nordeste do estado.

O evento aconteceu no último sábado, na Câmara de Vereadores de Conceição do Coité. "O lado triste foram as ligações que a própria Federação Bahiana fez para alguns dos presidentes, de forma ameaçadora, questionando porque estariam presentes no nosso encontro. A democracia precisa prevalecer, fomos passar os nossos projetos e vamos continuar fazendo assim. Dentro de um processo eleitoral, termos uma Federação que tem a máquina na mão, utilizar desses artifícios para impedir que as pessoas participem, é um fator lastimável de uma instituição que representa o nosso futebol, representa os clubes, as ligas. Ele está ali para nos representar, não para mandar e dizer o que as ligas ou seus presidentes devem fazer. Mas, já sabíamos que seria assim. Vamos continuar apresentando nossos projetos e, se nós não vencermos, que vença o futebol. Que eles possam copiar aquilo que a gente vem falando, pois estamos querendo beneficiar toda a cadeia do futebol e não uma instituição independente", denunciou em entrevista à Rádio Sisal.

Ederlane, que é presidente do Vitória da Conquista, ainda comemorou o resultado do encontro. "Fui muito bem recebido. Foi um espaço de muito proveito. Pude apresentar para as ligas presentes os nossos projetos. Contamos com intervenções dos presidentes das ligas, dando suas ideias. Isso é muito importante, pois queremos fazer a nossa gestão de forma compartilhada. As decisões precisam ser consensuadas com todas as pessoas que fazem parte do futebol. Nosso objetivo foi cumprido", completou.

As eleições da FBF acontecerão em 2022. Ederlane Amorim será o candidato da oposição, que passou a contar com o apoio de Ednaldo Rodrigues. Atual presidente e candidato a reeleição, Ricardo Lima, que foi vice-presidente do próprio Rodrigues, rompeu relações com o hoje presidente da CBF.