Vivos na luta pelo sonhado acesso, Náutico e Vasco estão separados por dois pontos na tabela da Série B e medem forças pela 31ª rodada do certame. O duelo agendado para o próximo domingo (24), às 16h (de Brasília), nos Aflitos, entretanto, corre risco de não ocorrer. 

Isto porque, na última quinta-feira (21), a CBF, através de nota oficial, deu um ultimato ao Governo do Estado, ameaçando tirar os jogos de Pernambuco caso não haja a presença de policiais militares dentro dos estádios. A decisão se dá após a invasão de campo ocorrida na última terça-feira, na Arena de Pernambuco, quando torcedores do Santa Cruz entraram no gramado após a eliminação coral. Na oportunidade, apenas seguranças estavam no campo.

Em entrevista ao portal “GE”, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, expôs o risco de não haver a disputa de Náutico e Vasco, caso não seja providenciada a presença de policiais no entorno do gramado.

“Se a polícia não tiver dentro de campo domingo, suspende o jogo por falta de condições. Já foi uma temeridade fazer o outro (Santa Cruz x Floresta) e veja o que aconteceu. O árbitro não terá como dar o jogo domingo sem policiamento dentro de campo. Por isso nós vamos entrar com um mandado de segurança nesta sexta-feira para buscar uma decisão judicial que obrigue a polícia militar a ficar dentro de campo”, disse o presidente da FPF.

Em resposta ao ultimato da CBF, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Humberto Freire de Barros, garantiu a presença de policiamento nos estádio. Contudo, enfatizou que de acordo com o artigo 14 do Estatuto do Torcedor, a segurança dos eventos é de responsabilidade “da entidade da prática desportiva detentora do mando do jogo e de seus dirigentes”, pontuando ainda que em caso de invasão a primeira ação é de responsabilidade dos seguranças, e posteriormente, se necessário, da segurança pública.