De acordo com o pai do atacante Neymar, Neymar da Silva Santos, os exames que o jogador santista fez na sexta-feira, em uma clínica de São Paulo, foram para a contratação de um seguro pessoal.

Neymar pai negou que as avaliações médicas tenham relação com uma possível venda do atacante ao Real Madrid. "É algo para ele e para o meu neto", disse o pai do atleta, bastante irritado.

Durante a semana, tanto Neymar, 19, como as pessoas que o cercam se recusaram a explicar o motivo da presença do jogador no hospital.

Ontem, porém, em entrevista à Band, o médico do Corinthians, Joaquim Grava, confirmou que esteve com o atleta para exames "solicitados por uma seguradora ligada à Uefa [entidade que controla o futebol na Europa]".

"Não existe no Brasil uma seguradora que faça esse serviço", declarou o pai de Neymar. "A gente não tem que ficar passando para a imprensa coisas da nossa família."

Grava também afirmou que o chefe dos médicos do Real Madrid, Carlos Díez, acompanhou os procedimentos, mas que sua presença não tinha relação com a negociação entre os espanhóis e o Santos.

"Encontrei o Neymar na sexta-feira. Fizemos exames completos de laboratório, de sangue e de ressonância de articulações. Isso é para uma empresa de seguros que a Uefa exige. Carlos Díez é membro da Uefa", afirmou Grava.

A informação, porém, foi refutada por Neymar. "Nós não nos encontramos com ninguém do Real. Não tem nada disso", disse o jogador.

O Santos afirma que os exames pelos quais Neymar passou na última semana são particulares e que o clube não tem participação na contratação do seguro do atacante.

A presença do médico espanhol fez com que fosse especulado que Neymar já tivesse acertado uma transferência para o Real Madrid.

Díez é ligado à empresa Sanitas, que terceirizou os serviços médicos do clube de Madri a partir de 2008.

Anteontem, em entrevista coletiva em Santos, o jogador de novo negou que já tenha fechado com outra equipe.

"Está decidido que não saio na próxima janela [em janeiro]. Sou jogador do Santos", declarou Neymar.

"[O exame] era algo familiar, e não preciso falar a vocês [da imprensa] sobre coisas da minha família."