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Árbitros paulistas e cariocas dominam o Brasileirão

Autor(a): Justiça Desportiva em 19 de Agosto de 2009 10:34

Após o primeiro turno do Campeonato Brasileiro, diversas estatísticas dão conta das 20 equipes que disputam o principal título nacional. Matérias trazem os times com mais expulsões, outras com as equipes mais disciplinadas, e ainda os times com melhor ataque ou defesa. Mas alguns esquecem de um componente primordial na realização das partidas: o árbitro. Sem os “homens de preto”, nenhuma partida poderia ser realizada. Foram 187 jogos realizados – faltam ainda a disputa dos jogos entre Botafogo e Cruzeiro, Santos e Inter, e Inter e Atlético/MG, adiados – com 1.122 sorteios e 748 escalas.

Os números apresentados ao final do primeiro turno mostram, por exemplo, um amplo domínio dos árbitros filiados às federações cariocas e paulistas. Eles foram responsáveis por apitar 35,2% dos jogos do primeiro turno. Os federados paulistas apitaram 36 jogos, enquanto os cariocas comandaram 30 partidas. Em terceiro lugar aparece o Rio Grande do Sul, com 24 jogos apitados por filiados à entidade gaúcha.

A explicação para o número de jogos apitados por paulistas e cariocas é bem simples. Entre os 441 árbitro relacionados por suas respectivas entidades estaduais e credenciados para apitar jogos do Campeonato Brasileiro, 84 estão em um dos dois estados, ou seja, correspondem à 19% do total. A Federação Paulista de Futebol possui 43 árbitro relacionados, enquanto a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro tem 41 deles.

O curioso é que, na hora de citar nominalmente os árbitro que mais apitaram jogos, entre paulistas e cariocas o primeiro nome aparece apenas na primeira posição, mas com outros três árbitros, de outros estados fora do eixo: o árbitro paulista Paulo César Oliveira foi o responsável pela arbitragem em nove jogos. O carioca que mais jogos apitou foi Marcelo de Lima Henrique, com oito, aparecendo na sétima posição. Os árbitros do Sul do país são os que mais jogos apitaram individualmente. O paranaense Evandro Rogério Roman e os gaúchos Leandro Pedro Vuaden e Leonardo Gaciba da Silva apitaram nove jogos cada um.

Mas o quadro de arbitragem não tem outros integrantes além dos árbitros, como dois assistentes e ainda o quarto árbitro. Entre os assistentes, o paranaense Roberto Braatz atuou em nada menos do que 13 das 19 rodadas, seguido por Altemir Hausmann/RS (12), Carlos Berkenbrock/SC (12), Ednílson Corona/SP (11) e Hilton Moutinho/RJ (10). E apesar de não terem apitado nenhum jogo, as mulheres auxiliaram os árbitro em algumas partidas, como ocorreu em quatro jogos com Márcia Bezzera Lopes/RO, além de Ticiana de Lucena/AL (3), Lílian da Silva Fernandes/RJ (2) e Janette Mara Arcanjo/MG (1).

Mas os árbitros não terminam suas atividades apenas dentro das quatro linhas. Fora delas eles têm outras responsabilidades. A redação da súmula das partidas são peças fundamentais para o trabalho do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que baseados nelas elaboram denúncias de acordo com infrações cometidas durante o andamento de uma partida. Em caso de equívoco em tais redações, são os próprios árbitros que respondem no banco dos réus. Erros nas marcações em campo também se transformam em denúncias e possíveis suspensões aos “homens de preto”.

Em 2009, não foram poucos os árbitros denunciados pela Procuradoria do STJD, mas quase todos foram absolvidos durante o julgamento, já que os auditores, pelo menos a sua maioria, entendeu que o árbitro teve sua interpretação pessoal na marcação de determinado lance, ou então uma redação errada na súmula não foi considerada grave. A exceção ficou por conta do árbitro paulista José Henrique de Carvalho, que foi suspenso por 30 dias no último dia 4, por não ter expulsado o volante Jhonny, do Náutico, que deu uma cotovelada em Lúcio Flávio, do Botafogo. O árbitro, que apitou quatro jogos no primeiro turno, ainda tentou o efeito suspensivo, mas foi negado pelo presidente do STJD, Rubens Approbato, e assim aguardará o julgamento do recurso ou o término da pena, no dia 4 de setembro.

Jogos apitados por árbitros das respectivas federações:

1º) São Paulo – 36 jogos
2º) Rio de Janeiro – 30 jogos
3º) Rio Grande do Sul – 24 jogos
4º) Paraná – 18 jogos
5º) Pernambuco – 12 jogos
6º) Bahia – 10 jogos
7º) Distrito Federal – 10 jogos
8º) Minas Gerais – 10 jogos
9º) Santa Catarina – 10 jogos
10º) Alagoas – 9 jogos
11º) Goiás – 9 jogos
12º) Ceará – 3 jogos
13º) Espírito Santo – 3 jogos
14º) Sergipe – 2 jogos
15º) Mato Grosso – 1 jogo

Árbitro que mais apitaram:

1º) Evandro Rogério Roman/PR – 9 jogos
2º) Leandro Pedro Vuaden/RS – 9 jogos
3º) Leonardo Gaciba da Silva/RS – 9 jogos
4º) Paulo César Oliveira/SP – 9 jogos
5º) Francisco Carlos Nascimento/AL – 8 jogos 
6º) Heber Roberto Lopes/PR – 8 jogos
7º) Marcelo de Lima Henrique/RJ – 8 jogos
8º) Wagner Tardelli Azevedo/SC – 7 jogos
9º) Wilson Luiz Seneme/SP – 7 jogos
10º) Arílson Bispo da Anunciação/BA – 6 jogos
11º) Carlos Eugenio Simon/RS – 6 jogos
12º) Péricles Bassols Cortez/RJ – 6 jogos
13º) Sandro Meira Ricci/DF – 6 jogos
14º) Alicio Pena Junior/MG – 5 jogos
15º) Claudio Mercante/PE – 5 jogos

 


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