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Viáfara declara amor ao Vitória e revela sonho de trabalhar no clube

Autor(a): Redação Galáticos Online (Twitter - @galaticosonline) em 17 de Abril de 2020 20:56
Foto: Reprodução

Após uma passagem sem destaque pelo Athletico-PR, o colombiano Julian Viáfara chegou ao Vitória em 2008. De desconhecido da torcida, o goleiro se tornou ídolo em poucos anos.

Até 2011, o arqueiro disputou 170 partidas e marcou nove gols pelo Rubro-Negro. Os momentos marcantes que viveu no Barradão foram relembrados pelo ex-jogador nesta sexta-feira (17), em entrevista ao repórter Anderson Matos, no programa Nação Rubro-Negra.

O ex-atleta iniciou o bate-papo lembrando sua chegada ao Brasil e o início no Leão. "Vim para o Brasil em 2007, quando saí do América de Cali. Tinha saído de uma situação na Justiça com o América. Fiquei livre e fiz contato com um colombiano que estava no Athletico-PR, Dario Ferreira, que fez a ponte. Acabei indo para o Athletico e fiz um contrato de dois anos. Nos últimos seis meses, não estava sendo utilizado e acabou surgindo a oportunidade de ir para o Vitória, inicialmente por empréstimo". 

Mas, o ex-goleiro revelou que sentiu dificuldades em Salvador e chegou a pensar em desistir do clube. "Minha chegada foi uma sofrência. Eu estava vindo de Curitiba, morava lá há quase um ano e meio. Cheguei no Vitória em maio e o inverno estava bombando (em Curitiba). Depois de umas sete horas de voo, cheguei em Salvador à noite. Quando abriram as portas do avião, senti aquele bafo, senti o calor, a mudança de temperatura. Pensei: 'lascou'. Me lembro que o motorista que o clube mandou, pois cheguei junto com Dinei, falou que nos pegaria às 7h30 no hotel. No dia seguinte, peguei minha camisa social, calça jeans, todo gato. Vi aquele sol na janela e pensei: 'Onde é que eu estou'? O cara chegou quase 11h30 da manhã e eu naquela sombra de 40 graus. Minha filha, Lua, tinha nascido em Curitiba e ficava muito doente por causa do frio. Então, eu resolvi ficar em  Salvador por causa dela, pois o primeiro impacto de quando cheguei foi negativo. Depois, com os dias, foi passando e fui curtindo".

Sobre o que viveu no Vitória, ele afirmou ser "inesquecível". "Quase as quatro temporadas que fiquei no clube foram mágicas. Mesmo com a situação difícil que vivemos quando fomos rebaixados e perdemos o campeonato baiano, não foi o suficiente para apagar os três anos inesquecíveis que tive no Vitória".

Em seguida, também lembrou do primeiro gol marcado com a camisa rubro-negra, que se tornou um desabafo. "O primeiro foi contra o Corinthians, de Alagoas, foi quando estava sendo contestado dentro do clube por estar treinando e praticando faltas. Então, quando consegui fazer, foi uma alegria. Corri para o meio do campo e fiquei olhando para a diretoria". 

Porém, o colombiano admitiu que a saída não foi do jeito que ele esperava. "Minha saída não tem segredo. Eu, pessoalmente, não estava numa fase boa como profissional. Acabamos perdendo o baiano. Eu tinha uma amizade muito forte com o Alexi Portela na época. Quando perdemos o campeonato, o Mário Silva me ligou e falou que o presidente me esperava para conversar no clube. Eu fui e falei que não estava num momento legal, minha performance não estava do jeito que era acostumado. Ele me disse que iria me apoiar, que aguardaria surgir uma proposta e eu ficaria afastado. Eu falei que conversaria com minha família, pois eu já estava morando em Salvador. Ele me disse que a conversa ficaria entre nós dois. Isso foi pela manhã. No finalzinho da tarde, eu estava indo para casa e coloquei no rádio para escutar os Galáticos. O Alexi entrou e falou da minha situação, tornou público, quando tinha dito que ficaria entre a gente. Eu fiquei p* e pedi para sair. O clube aceitou, pagou os dias que eu trabalhei e fui embora".

Apesar da rescisão, ele garantiu que não guardou mágoas. "Só tenho gratidão. Pelo clube, por Jorginho Sampaio, por Alexi Portela, Mário Silva. Tive muito apoio de todos em minha passagem aí. Com a torcida, é uma relação de amor impressionante. Me apaixonei pelo Vitória no dia-a-dia. Me coloquei na pele dos torcedores e fui virando um torcedor. Sempre tentei dar meu melhor, respeitei o torcedor e a história do clube".

Hoje, aos 41 anos, Viáfara reside nos EUA, onde segue trabalhando com futebol. "Moro nos EUA, trabalho com uma escola de formação de goleiros. Trabalho com o futebol. Tenho minha própria academia de goleiros".

Mas, o Vitória não sai da sua cabeça. Ao final da entrevista, El Paredón, apelido que ganhou da torcida, revelou o sonho de voltar ao clube. "Tenho esse sonho, sim, de algum dia fazer parte do clube novamente e retribuir, de alguma forma, tudo aquilo o que o clube me brindou por vários anos. Acompanho o clube, sempre que posso assisto alguns jogos. Acompanhei o que o clube passou tanto dentro de campo como administrativamente", encerrou.


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