Protesto termina com queima de boneco simbolizando Teixeira
A manifestação contra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, neste sábado, em São Paulo, contou com aproximadamente 800 pessoas, segundo a Polícia Militar. Os manifestantes porém, acreditam que o número foi de 1500 pessoas. A passeata começou na Av. Paulista, em frente ao Masp, e acabou na Praça Charles Miller, no Pacaembu.
O ápice da manifestação foi quando as pessoas que participavam da passeata queimaram um boneco de cerca de 3 metros de Ricardo Teixeira e logo depois espancaram-o. Durante a queima, os torcedores cantaram o Hino Nacional e gritaram "um minuto de silêncio, Teixeira está morto".
No evento, estavam três movimentos distintos. O Frente Nacional dos Torcedores (FNT), que organizou a marcha no Rio de Janeiro; a Associação Torcedores Paulistas, que está à frente da manifestação em São Paulo; e a Frente pelo Dia do Basta, que tenta juntar as reivindicações contra a corrupção, incluindo as acusações referentes à CBF, para tentar um ação nacional.
Participaram da manifestação membros de algumas torcida organizadas dos times paulistas. Dos clubes da capital, a Independente e Dragões da Real (ambas do São Paulo) e a Rua São Jorge (Corinthians). A Gaviões da Fiel, maior torcida do Timão, não participou. A Fúria Andreense (Santo André), a Torcida Esquadrão Alvinegro (XV de Piracicaba) e a Torcida Ju-Jovem (Juventus) foram alguns exemplos de outras torcidas na passeata.
Os manifestantes querem um projeto de lei para mudar a gestão política da CBF. Eles buscam uma mudança jurídica, com a instituição se tornando pública e deixando de ser privada, como acontece atualmente. Na segunda -feira, às 11h, os líderes pretendem enviar um documento para o presidente da FPF Marco Polo Del Nero exigindo que a instituição se posicione em relação ao movimento.
O grupo também está se articulando com alguns partidos políticos para deixar a reivindicação mais forte e, assim, com poder maior para conseguiu o objetivo de tirar Ricardo Teixeira do poder.
Alguns dos gritos de ordem do movimento foram durante a passeata: "A Copa é do povo!", "A alforria do futebol", "Alô, Teixeira, preste atenção! Muito respeito com o dinheiro do povão!".