A Divisão de Base de Árbitros de Futebol (DBAF) recebeu, na última semana, a visita dos árbitros FIFA Marcelo de Lima Henrique e Lilian da Silva. Em uma palestra na sede do projeto, no Colégio Parque, os profissionais falaram sobre suas experiências no ramo da arbitragem.
 
Atentos aos ensinamentos, as crianças e adolescentes da DBAF absorveram o conteúdo como se fosse uma oportunidade única na vida de cada um. Aspectos tático-técnico, social, físico e psicológico da arbitragem foram os assuntos mais discutidos pelos participantes.
 
Porém, como um conselheiro, o carioca Marcelo de Lima afirmou aos jovens que a base do sucesso é a força de vontade. "Eu sei por que cheguei à FIFA. Eu tinha a motivação certa. Eu sabia o que eu queria", disse o juiz.
 
Já a assistente Lilian incentivou as alunas do curso e revelou que as mulheres passam por dificuldades na carreira. "Se para os homens já é complicado, imagine para nós mulheres? Os homens acham que o espaço é deles por natureza", destacou.

 
Mas, a auxiliar carioca acredita que um projeto como a DBAF pode mudar essa história. "A arbitragem nunca teve isso. Com certeza vamos ver esse resultado lá na frente".
 
Acompanhando os colegas, o assistente do quadro da CBF, Eduardo Souza Couto, destacou a importância da preparação de cada um desses futuros árbitros. "Se quiser chegar a algum lugar não deixem de estudar. Não deixem de estudar nunca", ratificou.
 
Após a palestra, o trio de árbitros realizou mais uma doação ao projeto coordenado pelo baiano Rildo Góis. Uniformes, cartões amarelos e vermelhos, apitos, meiões, spray, munhequeira e agasalhos foram entregues ao idealizador do curso.
 
Com os olhos marejados, o jovem Luanderson Lima, de 17 anos, aluno da DBAF e já incluído no quadro de árbitros da Federação Bahiana de Futebol (FBF), revelou a emoção de ter participado da palestra. "Foi como apitar numa final de copa de mundo. Estou emocionado e não tenho palavras para resumir o momento".

 
DBAF - A Divisão de Base de Árbitros de Futebol (DBAF) foi criada por Rildo Góis há 12 anos e tem como objetivo trabalhar com a inclusão social por meio do esporte. O projeto, que tem o apoio da FBF, também visa à formação de profissionais de qualidade para a arbitragem brasileira.

Fonte: FBF
Fotos: Divulgação/BAF