Já são 18 dias de um Internacional sem treinador efetivo. Desde que Paulo Roberto Falcão foi dispensado pelo presidente Giovanni Luigi, diversos nomes foram especulados, analisados e descartados. Enquanto Osmar Loss dirige o time, de forma interina. Só que o comandante ‘tampão’ não será mantido. Para piorar, o colorado não dá nenhuma amostra de estar perto de um novo chefe para a sua comissão técnica.

Na lista de profissionais que o Inter sondou estão Dunga, Cuca e Dorival Júnior. Outros que também apareceram foram Ney Franco, Carlos Bianchi e Osvaldo de Oliveira. E nada. “Não tem negociação com ninguém neste momento”, garantiu Luigi, jogando um balde de água fria na esperança dos colorados de já ter um novo técnico no primeiro jogo da Recopa.

A disputa com o Independiente – campeão da Copa Sul-Americana de 2010, começa na próxima quarta, na Argentina. “É bem possível que seja o Osmar o nosso treinador nesse jogo”, disse o presidente vermelho.

Ao mesmo tempo que afasta um anúncio pelos próximos dias, Giovanni Luigi não se inclina para a opção de efetivar Osmar Loss. “O Osmar Loss vem fazendo um bom trabalho. A tendência é que ele fique por mais alguns jogos. A gente vem acompanhando o trabalho dia a dia. Estamos mantendo ele”, afirmou.

A ideia que ganha corpo com o discurso que não descarta e muito menos apóia, é que o Inter aguarda alguma mudança no mercado de técnicos para os próximos dias. Só que outro impeditivo ronda os planos.

Os cofres do clube não estão permitindo investimentos. Pagar uma multa rescisória é algo descartado, principalmente por Giovanni Luigi. Assim, para contar com alguém que atualmente esteja empregado, o Inter tem que torcer para insucessos. Como chegou a esboçar fazer com Dorival Júnior no Atlético-MG. Sem êxito.

O mais curioso é que depois de se dar por satisfeito com o terceiro lugar na Copa Audi - empatando diante de Barcelona e Milan, o próprio Internacional alimentou a informação de que Osmar Loss poderia ser efetivo. O empate em 0 a 0 com o Atlético-GO, então, aconteceu. No processo de sucessão de Falcão, três nomes trabalham: Luigi, Luís Anápio Gomes e o diretor técnico Fernandão. E nenhum deles é pontual ou definitivo sobre o caso.

A quinta derrota no colorado no Campeonato Brasileiro, a primeira de Loss como interino, não foi atribuída apenas ao trabalho do treinador. “Um clube grande precisa de resultados. Mas o trabalho é bem feito, o vestiário está fechado com ele. No meu entender, o resultado de agora não passa pelo treinador”, disse Giovanni Luigi, ao ser questionado sobre a influência do comandante no placar.

Para Loss, recontratado pelo Inter poucos dias antes da queda de Falcão, resta esperar. E tentar tocar o time em campo. "Vamos esperar, os momentos dirão. A direção está trabalhando e vamos aguardar", respondeu, quando indagado sobre seu futuro. "É como se fosse um treinador, porém eu sou um treinador da casa. É dessa forma que a gente vê", completou.