Para Diego Hypolito, o dia 7 de outubro de 2010 poderia ser um divisor de águas em sua carreira. Em um hospital na Basileia, na Suíça, o ginasta operou o tornozelo esquerdo por causa de uma rara lesão - ele foi a quinta pessoa no mundo a ser operado por causa disso. As incertezas povoaram a cabeça do atleta por cinco meses, até ele voltar a treinar em sua especialidade: o solo. Após uma noite mal dormida, a felicidade. Tudo correu bem.

No tablado da sede do Flamengo, no Rio de Janeiro, Diego conseguiu fazer uma de suas séries completas de exercícios. Não foi a de valor máximo, é claro, mas ficou muito perto disso, para sua própria surpresa e também de Renato Araújo, seu treinador. Após três horas de muito suor, o ginasta confessou o alívio pelo sucesso no treinamento desta sexta-feira.

"Ontem (quinta-feira) estava em casa e não consegui nem dormir direito porque ia voltar a fazer o solo. E olha que tenho dormido cedo, cansado dos treinamentos. Ficava pensando: "Será? Como é que vai ser?" Hoje estava feliz por dentro. Não queria mostrar muito, mas estava leve. Fiquei aliviado. Não doeu o pé, foi ótimo, graças a Deus", diz Diego.

Diego disse que não sentiu dores e está seguro para encarar seus principais desafios nesta temporada: o Mundial de Tóquio, classificatório para as Olimpíadas de Londres, e o Pan-Americano de Guadalajara. A próxima parada é a etapa de Moscou da Copa do Mundo, em maio.

"Estou bastante contente por ter voltado e já ter conseguido fazer uma série, o que não era o objetivo principal neste momento. É um ano muito importante, que gera uma concentração, uma determinação. Agora sei que posso ir para uma Copa do Mundo, para o Mundial. Fiquei um pouco mais preocupado porque era uma cirurgia delicada. Mas consegui voltar bem, sem dor".