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Para Artuzinho, o Bahia precisa "tentar desde o início fazer o primeiro gol"

Autor(a): Redação Galáticos Online (Twitter - @galaticosonline) em 04 de Agosto de 2020 20:00
Foto: Reprodução

Em 1998, o América-RN perdeu para o Vitória por 2x1, no Barradão, mas bateu o Leão por 3x1 na volta, no estádio Machadão, em Natal, e ficou com o título. E o comandante da equipe campeã era Arturzinho, que além de ser o único técnico bicampeão da competição, esteve a frente do único time que reverteu a vantagem no segundo jogo.

Em entrevista ao jornal Correio, o treinador fala que a ausência do torcedor é um fator crucial para o Bahia e que a diferença que a torcida Tricolor faz poderia ser essencial para a virada.

"O Bahia tem um outro problema nessa partida: não tem torcida. Quado você joga o segundo jogo em casa e tem a torcida a favor, como aconteceu lá no América, que era um clube que nunca tinha chegado na final da Copa do Nordeste, o estádio ficou lotado, tinha gente do lado de fora. Isso faz uma diferença em relação a pressão. O que aconteceu no jogo seguinte, que ganhamos de 3x1, é que nós fizemos dois gols, se eu não me engano, com 20 minutos. Isso fez com que o time se comportasse melhor em campo e fez a gente ganhar o campeonato", falou.

"A torcida do Bahia faz a diferença, e muito. Sempre fez e sempre fará, nunca vi nada igual à torcida do Bahia quando se precisa de resultado. O que Roger, que é um treinador competente, sabe que precisa fazer, é tentar desde o início fazer o primeiro gol para que tenha menos complicações dentro do próprio jogo. Se você demorar a fazer o primeiro gol, tende a se desesperar. E se desesperar, a equipe do Ceará vai aproveitar isso", completou o comentário.

Para ele, a Copa do Nordeste se equipara à dificuldade do Brasileiro, por conta das rivalidades entre os clubes nordestinos, o que acaba equivalendo os times mesmo ocorrendo diferenças técnicas entre eles.

"Chegar na final de um campeonato como a Copa do Nordeste duas ou mais vezes, o cara tem que ter competência. Talvez seja o campeonato mais difícil em relação a rivalidade e aos clubes terem praticamente o mesmo peso. Nem no Campeonato Brasileiro existe tão pouca diferença como existe na Copa do Nordeste. Você tem Fortaleza, Ceará, Santa Cruz, Sport, Náutico, Bahia, Vitória, América, ABC, Confiança, os melhores representantes de cada estado. A diferença é mínima porque os valores não são tão absurdos em termos de investimento. É um campeonato muito aguerrido, muito difícil. Se ele conquistar tem que ter mérito e ser lisonjeado por isso", falou.

Arturzinho ainda diz que mesmo bicampeão da competição regional, nunca mais foi convidado a treinar nenhum clube que disputa o Nordestão e faz questão de dizer os números dele.

"Eu vou só te dizer os meus números para você ter uma ideia: eu disputei três Copas do Nordeste, ganhei duas e fui à final da terceira. Fui mandado embora após o jogo da final contra o Bahia em que nós perdemos por 3x1, mas tinha a chance de conquistar o título com 2x0 na volta, no Barradão. Eu disputei apenas três Copas do Nordeste. Apesar de ser bicampeão, nunca mais foi convidado por nenhum clube para trabalhar na Copa do Nordeste", completou.


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