Abel Braga só pode chegar ao Santos em maio e Ney Franco já disse "não" à proposta que recebeu da diretoria. Há poucas opções no mercado e o nome do interino Marcelo Martelotte pode ganhar força. Para isso, sabe que precisa fazer o time voltar a vencer, a começar neste sábado.

O treinador sabe quais são seus trunfos para convencer a diretoria de que pode ficar. Membor da comissão técnica desde o ano passado, Martelotte é quem melhor conhece o elenco santista, o que o coloca acima de outros treinadores com mais experiência do que ele.

"Não vejo ninguém que conheça mais o grupo do que eu. Esse é um aspecto importante, saber onde cada jogador pode render, como usar melhor cada um. Ano passado foi importante para eu poder me preparar, quanto à experiência, você adquire com os jogos" disse o treinador.

Mas ele sabe que conhecer o grupo, apenas, não basta. Adilson Batista começou a se desgastar no cargo quando os resultados deixaram de ser positivos e, para ficar, Martelotte sabe que precisa vencer.

Por isso, os próximos jogos do Peixe, ainda que pelo Paulistão, são fundamentais para as pretensões dele e do Santos. Com bons resultados contra Oeste, Portuguesa e Botafogo-SP, ele pode se firmar no cargo e a equipe ganhar tranquilidade para enfrentar o Colo Colo (CHI), pela Libertadores. São decisões.

"Queremos o Santos em cima da tabela no Paulista e na Libertadores. Esses jogos são bons para voltar a brigar lá em cima e ganhar moral para a Libertadores. Tenho o respeito da diretoria, mas não adianta eu dizer que quero ser o técnico se os resultados não vierem".

O treinador ainda disse que a falta de experiência como treinador não chega a ser decisiva e lembrou que técnicos com bagagem no futebol brasileiro não conseguiram o título da Copa Libertadores.

Assim, como há poucas opções, Martelotte parece já ter recebido um sinal da diretoria de que se for bem, pode ser confirmado no cargo.

"A diretoria não vai ter um treinador qualquer. O próprio presidente sente mais confiança em mim, experiência e bons resultados nos fazem pensar em algo mais acessível, não me garantiram nada, mas me dão tranquilidade para trabalhar".