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Com gol de brasileiro, Bolívia arranca empate com a Argentina

Autor(a): Globo.com em 02 de Julho de 2011 00:00

Um golaço de Sergio Agüero evitou um vexame da Argentina na abertura da Copa América nesta sexta-feira, em La Plata, pela primeira rodada do Grupo A. A Bolívia saiu na frente com gol do brasileiro naturalizado Edivaldo, mas o genro de Diego Maradona garantiu o empate de 1 a 1 em casa.
 
No estádio Ciudad de La Plata lotado (cerca de 50 mil pessoas), os hermanos jogaram mal e contaram com um dia pouco inspirado de Lionel Messi. Nascido em Cuiabá e filho de uma boliviana, Edivaldo, que tem o apelido "Bolívia" e atualmente joga no Naval (Portugal) depois de já ter passado por Atlético-PR e Figueirense, teve uma bela ajuda de Banega para fazer o primeiro gol do torneio: após toque de calcanhar do camisa 7 da Bolívia, o volante argentino deixou a bola passar entre as pernas, quase em cima da linha.
 
A Argentina, que não conquista um título com sua seleção principal desde 1993 (Copa América), volta a campo na próxima quarta contra a Colômbia, em Santa Fé, pela segunda rodada. A Bolívia pega a Costa Rica, quinta. Neste sábado, os colombianos encaram a Costa Rica, às 15h30m (de Brasília), com transmissão ao vivo do GLOBOESPORTE.COM e do SporTV.
 
Esquema do Barcelona não funciona
 
Antes de a bola rolar no estádio Ciudad de La Plata, os argentinos exaltaram Carlitos Tevez nas arquibancadas. O nome do ex-corintiano foi o mais aplaudido quando as escalações apareceram no telão, superando Messi. O nome do camisa 11 também era o preferido nas bandeiras dos torcedores. Na tribuna de honra, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, via a festa perto de Evo Morales, presidente da Bolívia.
 
Empurrado pela torcida, o time de Sergio Batista começou pressionando. Com Lavezzi pela direita, Tevez na esquerda e Messi pelo meio, os argentinos ocupavam o campo de ataque e deixavam poucos espaços para a Bolívia, que só se preocupava em marcar. Mas os hermanos não conseguiam chutar a gol.
 
Aos poucos, o esquema à la Barcelona parou de funcionar - onde estava a troca de passes perfeita do time de Pep Guardiola? - e os bolivianos conseguiram chegar perto da área adversária. Aos 12, Marcelo Moreno cobrou falta com perigo, mas Romero defendeu. Dez minutos depois, Edivaldo – brasileiro filho de uma boliviana – arriscou de fora e obrigou o goleiro a defender de novo.
 
Os sustos acordaram a Argentina. Mesmo sem apresentar um futebol envolvente e sofrendo com a marcação adversária, Messi comandava as jogadas de ataque dos donos da casa. Aos 25, Lavezzi entrou bem pela direita e bateu cruzado, para fora. Aos 30, o camisa 10 driblou um rival e chamou a marcação de outros dois, deixando Tevez sozinho pela esquerda, mas o craque do Manchester City chutou para a defesa de Arias.
 
Empenhado em conquistar definitivamente o coração da torcida argentina, Messi também fazia questão de demonstrar raça. Aos 35, o melhor do mundo trocou empurrões com Raldes e os dois chegaram a encostar as cabeças enquanto discutiam.
 
Após o intervalo, Batista colocou mais um atacante em campo: tirou Cambiasso e escalou Di María. Mas quem balançou a rede foi a Bolívia, logo no segundo minuto da etapa final.: Robles cobrou o escanteio, Edivaldo pegou de calcanhar, a bola passou por baixo da perna de Banega, que estava quase em cima da linha, e entrou. O primeiro gol da Copa América de 2011 foi do brasileiro naturalizado boliviano, com uma bela ajuda do volante argentino.
 
O 1 a 0 no placar deixou o time da casa nervoso. Principalmente Lavezzi. O atacante levou um cartão amarelo aos dez depois de empurrar e fazer falta feia em Campos – poderia até ter levado o vermelho. Pouco depois, o jogador do Napoli deu uma bela arrancada do meio do campo até a linha de fundo, mas se atrapalhou na hora de cruzar e isolou a bola.
 
Na base da vontade, a Argentina tentava pressionar. Aos 14, quase saiu o empate: Messi chutou com estilo, de virada, Arias defendeu, bola bateu na cabeça de Gutiérrez e saiu rente ao travessão. Em um contra-ataque aos 20, a Bolívia ficou bem perto de fazer 2 a 0, mas o ex-cruzeirense Marcelo Moreno falhou: o atacante do Shakhtar entrou sozinho na área e tentou driblar Romero, mas o goleiro salvou, Moreno insistiu e chutou em cima do goleiro.
 
Enquanto a torcida local vaiava os hermanos, Mascherano achou Di María pela esquerda, entre a zaga, e o jogador do Real Madrid chutou rente à trave esquerda aos 21. Com pressão mas sem chutes a gol, Batista mexeu: tirou Lavezzi e colocou Agüero. A mudança deu certo. Aos 30, o genro de Diego Maradona fez um golaço para empatar em 1 a 1: após cruzamento da esquerda de Rojo, Zanetti ajeitou com o peito e o "Kun" acertou uma bomba de primeira, de canhota, sem defesa.
 
A presença do atacante do Atlético de Madri mudou a Argentina. Três minutos depois do gol, Agüero deu um biquinho que obrigou Arias a salvar a Bolívia, e no rebote Di María chutou por cima. A torcida "acordou" e voltou a apoiar em massa os donos da casa. A pressão continuou, mas o gol não saiu.

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