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Mauro Galvão, Superintendente de Futebol do Vitória

por em 11 de Março de 2010 00:00

Entrevista concedida ao repórter Thiego Souza

- Mauro, na sua carreira você defendeu seis clubes, mas qual ficou marcado em sua vida?
 
É difícil né! Todos os clubes na verdade sempre deixam uma marca muito grande. As pessoas até perguntam qual time você torce e eu pelo menos tenho um carinho especial por todos clubes que joguei, então você acaba ficando simpatizante dos times que você jogou. Todos foram importantes para mim, foram seis para uma carreira de 23 anos. Sempre tive no mínimo dois anos em um clube e em alguns até passei dessa média. No Inter joguei sete anos, no Grêmio três anos, no Vasco foram quatro, no Lugano da Suíça três, no Bangu também joguei e foi um ano e alguma coisa e no Botafogo joguei mais ou menos três anos.
 
- Em 1990 você disputou a Copa da Itália. O que faltou naquela seleção?
 
Acho que faltou o espírito de companheirismo, espírito de entender o que é disputar uma Copa do Mundo e de você respeitar os seus limites, saber que a seleção tem os melhores jogadores daquele momento e você tem que aceitar quando não é titular. Infelizmente isso não aconteceu. Existia um problema de vaidade muito grande. Então na verdade não era um grupo, eram 23 atletas que estavam ali mas que não conseguiam ter um objetivo comum.
 
- Em 2003 você iniciou a carreira como treinador. Comandou Vasco, Botafogo e Náutico. O que te levou a desistir de atuar nessa função?
 
Comecei como auxiliar-técnico no Vasco e acabou que o Antonio Lopes foi demitido e eu me vi assim em dois meses assumindo o Vasco. O Eurico Miranda pediu para eu assumir o comando do time e não tive como dizer não pois tinha que fazer algo naquele momento para ajudar o Vasco. Depois fui para o Botafogo, Vila Nova e Náutico. E achei que começou a ficar muito tipo um “ping-pong” e essa é uma situação que não me agrada muito, por isso resolvi dar uma parada, reavaliar se era isso mesmo que eu queria.
 
- Como foi o processo para você se tornar diretor-executivo do Grêmio?
 
Voltei para o Grêmio porque tenho uma ligação muito forte com o clube, também por ter jogado lá. Foi um processo bastante simples, pois vivi várias fases nessa transição de jogador para treinador e em alguns clubes você faz tudo, então você acaba pegando um pouco dessa parte administrativa. Acho que o fato de eu estar no futebol há um bom tempo ajudou bastante.
 
- E qual o motivo de sua demissão?
 
Não sei! Até hoje não sei porque! Simplesmente não me falaram.
  
- É complicado trabalhar no mundo do futebol atuando na função de Superintendente de Futebol?
 
Não é fácil. É uma função que exige bastante pois trabalhamos todos os dias da semana e ainda viaja com o time. Então praticamente sua vida nesse ano fica toda voltada para o futebol . Então você entra já sabendo que não pode ficar naquela posição de reclamar, sabe que está pegando o pacote todo, ou seja, vai ter toda a semana de trabalho e o final de semana também.
 
- Pergunta feita por um torcedor: Em 2010 o Vitória entra no brasileiro para ser campeão, ir a Libertadores, Sulamericana ou vai brigar para não cair?
 
Difícil dizer isso! Nós sempre queremos entrar para ser campeões, mas acho que só o tempo vai dizer isso. Quando nós tivermos com o time pronto é que vamos ter uma noção. Falar em ser campeão acho que é uma coisa muito forte. Não quero aqui ficar fazendo demagogia, falando coisas que não condizem com a verdade. Então acho que nós, o Vitória, está um pouco abaixo desse grupo que briga pelo título, mas acho que brigar por uma Libertadores seria um grande objetivo.
 
- Todos nós estamos vendo que o elenco do Vitória é limitado. Até o inicio do brasileiro, quais os setores o clube pretende contratar?
 
Nos três setores. Defesa, meio de campo e ataque. Hoje o Vitória precisa com urgência de meio-campo e ataque. A defesa seria ainda o mais arrumado no momento.
 
- Nos fale um pouco sobre seu livro, Mauro Capitão Galvão - Lições de Vida, Lições de Futebol
 
Foi uma idéia de um vascaino que me procurou e a gente acabou acertando para fazer o lançamento desse livro. No inicio estava um pouco com receio por estar jogando ainda e achei que pudesse tirar um pouco a atenção. Enfim, nós acabamos entrando em um acordo para lançar o livro em 99 e foi legal porque serviu como documento. Ali tem todas as partidas que eu fiz por cada clube e conta histórias da minha carreira, de certa forma da minha vida particular também. É um livro bem interessante, bem legal, pois é contado de uma forma leve, sem muito peso.
 
- O que o torcedor do Vitória pode esperar do time e da diretoria para a sequência da Copa do Brasil, para o baiano e para o brasileirão?
 
Pode esperar principalmente que nós não estamos satisfeitos ainda. Nós queremos melhorar, trazer mais reforços e vamos em busca dos jogadores. Sabemos que temos algumas deficiências e vamos procurar melhorar. Então a torcida do Vitória pode ficar confiante que nós vamos fazer o máximo para reforçar a equipe para formarmos um grupo forte para a Copa do Brasil, o campeonato baiano e também para o brasileiro e a Sul-Americana.

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