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Dudu Cearense, volante do Olympiacos, da Grécia

por em 10 de Setembro de 2010 00:00

Entrevista exclusiva concedida ao repórter da Equipe dos Galáticos, Thiego Souza

- Dudu, me conte um pouco sobre sua passagem pelo Vitória

Comecei muito cedo minha trajetória no Vitória. Cheguei com 15 anos e logo aos 17 já tive logo minha estréia como profissional. Nessa época quem tinha me lançado foi o Mário Sergio, ele que me deu muita força no começo. Em 2002 com 20 anos foi minha melhor fase com o Vitória. Junto com o Joel Santana disputamos a Copa dos Campeões contra grande equipes do Brasil e neste mesmo ano fui convocado pra disputar amistosos pela seleção sub-20 e em seguida para Copa das confederações. Foi uma passagem rápida e muito vitoriosa.
 
- Você é cearense mas nunca atuou profissionalmente em um clube do seu estado. Isso representa algo?
 
Acho que não tive oportunidade suficiente pra poder realizar isso, eu era muito novo e deixei tudo pra trás pra arriscar em outro lugar. Talvez se ficasse no Ceará ,onde tive uma passagem rápida pela divisões de base poderia sim jogar profissionalmente, mas hoje sou feliz por ter passado por lá. Lá as oportunidades para os pratas da casa são remotas .

- Como foi para se adaptar tão cedo a um outro país e outro estilo de futebol?
 
Olha, quem viveu na Rússia, qualquer lugar é o paraíso.  Vivi três anos e meio na Rússia, hoje valorizo ainda mais os valores da vida, que são as coisas mais simples que vivemos. Enfim, a Grécia é fantástica, nunca poderia imaginar que seria tão bom, parece que estou no Brasil. Minha família se adaptou tão rápido que renovei meu contrato logo no primeiro ano de clube, me identifiquei muito com o clube e o pais, espero poder aproveitar o máximo possível.
   
- Você acredita que a passagem pelo CSKA Moscou foi a que mais te projetou internacionalmente?
 
Sem dúvida foram três anos de sucesso onde conquistei oito títulos com eles e sempre estávamos em evidência, disputando partidas internacionais e ainda voltando pra seleção neste tempo.  Claro que não tinhamos uma visibilidade como Espanha , Itália e Inglaterra , mas nossa equipe era forte e muito competitiva .
 
- O que houve para o não acerto com o Grêmio em 2008?

O CSKA acabou travando a minha ida, estava bem encaminhado. Infelizmente não aconteceu , mas quem sabe no futuro próximo.
  
- Qual o sentimento de ter ficado três meses foram dos gramados devido a uma lesão e ainda ver o seu atual time perder o título do campeonato grego?

Foi horrível pra mim. Aqui tive uma lesão muito complicada, uma fascite plantar. Foram três meses de fisioterapia , dois turnos por dia , estava ficando louco. Costumo dizer que o maior segredo para o sucesso do jogador é estar sem lesão porque o resto virá naturalmente. A pressão foi enorme aqui, ano passado tudo deu errado, várias lesões, jogadores suspensos, crise financeira , enfim, um ano pra esquecer tudo. Fora ainda que o fanatismo aqui é imenso, temos que ser campeões este ano de qualquer jeito.
 
- Você chegou a ser convocado por Dunga, mas na hora “H” acabou não indo para a Copa do Mundo. Foi uma frustração para você?
 
Olha, quem não quer jogar uma Copa do Mundo? Mas, frustrado não fiquei, não me culpo por não ter ido, estou trabalhando muito. Quem sabe em 2014!
 
- E agora com Mano Menezes, você acredita que está em plenas condições de ser lembrado e retornar a seleção, já que a palavra é renovação?
 
Estou trabalhando sempre pra tentar ganhar outra oportunidade, sei que não é fácil. Onde estou atrapalha um pouco sobre a visibilidade que o Mano tem de ver seu selecionados. Talvez se eu estivesse no Brasil as chances aumentariam e muito. Costumo dizer sempre esta frase "Cada escolha um renúncia ".
 
- Você vem acompanhando o Vitória na série A? O que é preciso ser feito para o time sair da situação complicada que se encontra?

Sempre acompanho o Vitória desde minha saída. Ainda tenho grandes amigos por lá. Começou muito bem o campeonato, chegando até a final da Copa do Brasil. Na minha opinião é só mudar um pouco de atitude e encarar todos os times de igual pra igual. Só depende deles. Hoje em dia não importa a equipe que vai enfrentar e sim qual a atitude terá dentro de campo. 

- Se hoje recebesse um convite para ajudar o Vitória, pelo menos até o final do ano, você voltaria?
 
Se meu clube me liberasse numa boa, já jogaria no próximo domingo.    
 
- Uma mensagem para os torcedores do futebol da Bahia.

Grande abraço a todos e especialmente a nação rubro-negra baiana.

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