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Mudança

por Edson Almeida* em 24 de Março de 2014 14:13

Sexta-feira, 21, um torcedor telefonou para a Itapoan FM, durante a resenha, e disse que aprovava 90% de minha opinião sobre o clássico, quando disse que era um jogo sujeito a surpresas e que, mesmo com uma campanha melhor e ainda invicto, o Vitória não era favorito, mas o Bahia podia aumentar seu processo de evolução, dentro do esquema que estava sendo implantado por Marquinhos Santos.

Palavras do torcedor: “Concordo com quase tudo que você comenta, sempre muito equilibrado e cauteloso, mas Marquinhos Santos tem que ser mandado embora, pois não reúne a menor condição de treinar um time da grandeza co Bahia”.

Depois de 48 horas, após o bom desempenho e o merecido triunfo tricolor, com o time surpreendentemente escalado por Marquinhos Santos, sem um atacante de referência (e isso mereceu muitas críticas), um outro torcedor me telefonou e disse: “Parabéns pela sua opinião da sexta-feira, o Marquinhos realmente ganhou para Ney Franco com uma tática envolvente e bem coordenada. Agora, sim, ele começa a ganhar a confiança da torcida”.

Coisas do futebol, que já aprendi a absorver no caminhar de quatro décadas de jornalismo esportivo. Nada melhor para realizar mudanças no comportamento da torcida do que uma brilhante vitória no clássico.

Para deixar bem claro, não comungo com os que enaltecem o triunfo tricolor, chegando às raias do exagero ridículo e denigrem a apresentação do Vitória, atingindo o máximo do fanatismo que o futebol provoca.

Já disse que abomino três categorias de fanáticos: da religião, da política e do futebol. O jogo foi bom, o Bahia ganhou com méritos de um time que também lutou. Ganhou porque foi melhor, porque foi mais objetivo, porque soube converter as chances que obteve. Não porque encontrou uma galinha morta ou porque só houve ações erradas no adversário.

Pode até não ter sido o melhor de todos os clássicos, mas foi um bom jogo, bastante disputado, com grande dose de emoção. Que serviu para mudar a opinião de muitos tricolores, que não acreditavam no time e culpavam o esquema tático do seu novo treinador.

É muito provável que esta distorção ótica agora atinja os rubro-negros, que já começam a desfazer de Ney Franco e analisar que tem que mandar todo mundo embora. Não é por aí.

Tanto um quanto outro ainda precisam de reforços, e o Vitória tem suas principais carências na defesa. O campeonato fica mais indefinido, nas semifinais o Bahia teoricamente tem maiores chances de passar pelo Serrano do que o Vitória pelo Conquista, mas ainda há uma forte tendência de que a decisão volte a ser com dois imprevisíveis Ba-Vis.


*Edson Almeida é comentarista esportivo do Galáticos na Itapoan FM 

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