Nação tricolor,

nada como um dia após o outro.... A torcida tricolor parece estar mais apreensiva e ansiosa do que momentos que antecederam o acesso à série A. A euforia pelo acesso, pela apresentação com nível de grande clube, pela aprovaçao da Cidade Tricolor, pela torcida de ouro, pela Copa Junior vem cedendo espaço aos últimos acontecimentos no ambiente tricolor.

Em verdade, o clube atravessa um dos momentos mais difíceis após o acesso. Ninguém mais do que os dirigentes sabem que o marketing, organização administrativa, entre outros, não satisfazem a fome do torcedor tricolor em ver gols, empolgaçao, festa, bandeirão, xalaiálá...

Desafio um torcedor do Bahia que não tenha acreditado na montagem de um grande elenco no começo do ano que golearia os "fracos" adversários no início do campeonato baiano e já estaria com uma mão no caneco dando show nas arquibancadas. Quem não acreditava nisso há 1 mês e meio atrás? É normal...

Ocorre que futebol hoje não segue uma lógica matemática do favoritismo incondicionado. A rigor, é triste assumir mas à essa altura o Bahia não é favorito ao título. Na verdade, se as coisas continuarem como estão a disputa vai ser pelo não rebaixamento do Baianão.

Vamos ser realistas torcida tricolor, o que não significa ser "corneteiro". Esqueçamos 2010! Em 2011 o elenco é quase que totalmente outro. A reformulação foi além do que devia e o clube tá assumindo as consequências da excessiva inovação... A base se desmontou completamente!

Ultimamente, inclusive, o episódio envolvendo Jael cria suspeitas de que há algo de muito errado no ambiente tricolor. Na verdade, fatos anteriores já davam sinais de que esse barril de pólvora poderia explodir a qualquer momento. A briga que envolveu Souza, Bruno Paulo e Luizão, a progressão geométrica de jogadores que tem ido ou "pedido" para ir ao departamento médico, o excessivo preço do ingresso, a suspeita de racha no grupo, entre outros.

A expectativa com a contratação de jovens talentos oriundos de grandes clubes ainda não se refletiu em campo. A opção por esse perfil de contratados nao foi aleatória, mas fruto de “planejamento” pela diretoria tricolor, mais precisamente do seu gestor de futebol.

Ocorre que não se pode usar o campeonato baiano para testar x, y ou z jogadores. A torcida tricolor não aceitou que Rogério Lourenço tenha vindo como teste. O próprio Presidente Marcelo Guimarães não simpatizava muito com esse nome e, com certeza, foi um dos que não concordou com sua manutenção. Mas, e o papel de Presidente?

O sinal da UTI está aceso e a Diretoria observa que as contratações foram equivocadas, e as dispensas mais ainda. Não manter jogadores como Fernando, Alisson, Fabio Bahia, Morais, Vander, Rogerinho, Jael e Michael Jackson é acreditar que um novo time pode ser montada em 2, 3 meses. Mágica? Excesso de confiança? Vaidade?

A filosofia de trabalho de Paulo Angione começa a ser contestada, sobretudo sua relação com determinados Empresários que “despejaram” jogadores no elenco tricolor. O erro já está cometido, e à essa altura a única esperança que ainda nutre o afã tricolor é a estréia de Ramon, Zezinho, Magno e Tressor Moreno. Ou seja, fora isso, o time tricolor vai ser esse “bando” em campo que vem convivendo com instabilidade, desorganização, falta de vontade, fragilidade, e vergonha.

 Portanto, o alerta está aceso no cenário tricolor e antes tarde do que nunca para consertar o que pode ser consertado, errar quando se pode errar, e acertar o mais rápido possível porque apesar de a torcida tricolor ainda não ter visto seu time entrar em campo, a metade do campeonato baiano já se passou...

É preciso arrumar a casa tricolor o mais rápido possível e isso, dentre outras coisas, pode envolver uma reunião entre Angione e Marcelinho para que se deixe claro que nem sempre a opção pelo "teste" é a melhor opção quando as provas são avaliadas por resultados...

Vumbora Baêaa!

Saudações tricolores!!