A Fonte Nova: casa do meu Bahia
À Fonte Nova
Casa do meu Bahia
[Toinho de Vadú]
Vi em 71 a reinauguração e
vi o meu Bahia tantas vezes campeão,
Vi ser Bi-brasileiro e
vi ser rebaixado 'a 2ª divisão.
Vi Roberto Rebouças e Altivo,
Vi Douglas, Baiaco e Fito,
Jésum, Picolé e Chiquitinha,
Na defesa, no meio de campo e na linha.
Vi Buttice e vi Ronaldo,
vi Zanata e vi Bobô,
Beijoca! Que centroavante!
Um grande goleador!
Vi Eliseu e vi Nonato,
Perivaldo e Sapatão,
Vi Marinho Apolônio e
vi também Cláudio Adão.
Vi Ueslei e vi Charles,
E o baixinho Robgol,
Eles eram todos os tres,
Atacante furador.
Gilson Gênio e Gilcimar,
irmãos no sangue e na bola.
Elizeu, Sanfilipo e Romero,
todos eles fizeram escola.
Vi os que com raça e muita luz,
Toninho Taino, Emo e Washington Luís,
enfiarem heróicos 5 x 0 no Santa Cruz,
e fazerem a nação tricolor muito feliz.
Vi Marcelo Ramos e Raudinei
num 07 de agosto de 94
me darem presente de rei,
pois era meu aniversário
e nunca que esquecerei.
E reconheço, também vi,
jogar o grande Osni.
Ele, Mário Sérgio e André Catimba.
Exceções abertas a esses três,
expoentes do nosso velho freguês.
Vi Zé Carlos e vi Zé Otto
e também Nelson Cazumbá.
Não esqueçamos Renato no gol,
o meia Léo Oliveira e o atacante Altimar.
Sima, João Marcelo e Leguelé,
Emerson, Jean e Picasso,
Zé Augusto, Amorim e Natal.
Todos eles 'a sua época
transformaram as arquibancadas,
num verdadeiro carnaval.
Vi Dadá Maravilha
ser helicóptero e beija-flor,
e não contente com isso
ganhar o coração do torcedor.
Do lado de fora das 4 linhas
No túnel, no banco e na lateral,
vi o titio Fantoni e o Joel
ganhar aplausos da geral.
Dos Moreira, vi os dois
o Zezé e o Aimoré.
Vi Osório e Maracajá,
desse ultimo nem quero lembrar.
Vi Evaristo de Macedo
ser aclamado ídolo tricolor,
ele elaborava o samba-enredo
de um time ganhador.
Na velha Fonte Nova
todos eles eu vi jogar.
Nos resta agora a boa memória
e a nova Fonte aguardar.
Antonio Cássio