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Final justa?

por Thiego Souza em 06 de Maio de 2013 10:11

Antes de começar este texto quero parabenizar Vitória e Bahia por terem alcançado a final do Campeonato Baiano, além de enaltecer as campanhas de Juazeiro e Juazeirense, que chegaram perto, mas a tradição e a camisa dos times da capital acabaram pesando na hora do vamos ver.
 
Agora, cortando os laços, a pergunta que não quer calar: Será que Vitória e Bahia mereceram estar na final do Baiano? Ou será que o sistema de disputa beneficiou os clubes da capital? Vamos tentar achar as respostas, que sempre serão contestadas.
 
O Campeonato Baiano começou sem as presenças de Bahia e Vitória, que estavam disputando a Copa do Nordeste, entrando apenas na segunda fase. Isso seria certo? Será que essas equipes não teriam condições de competir com times mixtos, mesclando juniores com aqueles que não seriam aproveitados? Além disso, as equipes já entraram sem chances de rebaixamento.
 
Na segunda fase as duas equipes decepcionaram, principalmente o Bahia, porém o Tricolor foi beneficiado pela fórmula de disputa, que foi aceita por onze dos doze clubes que disputaram o Baiano. Parece que a Juazeirense já sabia o que estava por vir, pois foi a única que não aceitou o sistema, mas como na democracia a maioria vence, fechemos os olhos e vamos à luta.
 
Com dois grupos distribuídos de acordo com a primeira fase, o primeiro acabou ficando tecnicamente mais fraco, por isso a pontuação baixa, tendo Juazeiro se classificando com dez pontos e o Bahia com oito, sendo que no grupo 03 o Conquista terminou em quarto lugar com 12 pontos e o Bahia de Feira ficou com 15 pontos, ambos eliminados. Olhando por este ângulo, a segunda fase não premiou os melhores e sim os beneficiados pela fraqueza do grupo.
 
O Bahia garantiu presença na semifinal sendo o sexto colocado entre oito times, já o Juazeiro foi o quinto, mas para azar do terceiro e quarto lugar, estes faziam parte do mesmo grupo de Juazeirense e Vitória, melhores times da fase.
 
Então pergunto: Será que a competição com o sistema de pontos corridos não seria o mais justo? De acordo com o Estatuto do Torcedor a fórmula só pode ser alterada em 2015, pois precisa durar dois anos e este é o primeiro ano da competição nestes moldes.
 
Na semifinal nada de injusto: O Bahia eliminou o Juazeiro com dois triunfos, garantindo vaga merecida na final, mas somente pelo que apresentou na terceira fase e o Vitória garantiu vaga pela vantagem de quatro gols alcançada na primeira partida da semifinal. Agora é a decisão!

Se pegar a pontuação da segunda fase e da semifinal, chegamos aos números: Juazeirense (22), Vitória (21), Bahia de Feira (15), Bahia (14), Conquista (12), Juazeiro (10). Então, foi justo?
 
Só fazendo um paralelo: No Campeonato Sergipano, onde também teve representantes na Copa do Nordeste, a segunda fase da competição foi realizada com pontos corridos, passando para a semifinal Sergipe, River Plate, Confiança e Estanciano, os quatro melhores da disputa. O Itabaiana, que esteve no Nordestão e não disputou a primeira fase junto com o Confiança, terminou em 6º, quase sendo rebaixado. Boca Junior e América (SE) caíram para segunda divisão sergipana.
 
Na primeira fase da competição não tiveram rebaixados, afinal seria injusto rebaixar alguém com poucos jogos, mas o campeão (Sergipe) garantiu vaga na Copa do Brasil em 2014 e todos disputaram a segunda fase, se juntando a Confiança e Itabaiana.
 
Agora é repensar 2014. Toda novidade é cabível a equívocos e os exemplos servem para mostrar onde podemos melhorar. A final do Baiano está ai, com os dois times da capital e que estão na série A e que vença aquele que erre menos e seja mais eficiente.

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