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Estamos sem rumo!

por Leonardo Barbosa em 05 de Agosto de 2009 00:00

Há duas semanas foi publicado nesse galaticosonline.com.br um artigo de minha autoria no qual eu tratava das incoerências e dá má administração da atual diretoria do Bahia. Tamanha foi minha surpresa quando, no dia seguinte da publicação, minha caixa de e-mails amanheceu lotada. Da estupenda audiência desse site eu já sabia, mas que o meu artigo seria lido e comentado pela nação tricolor foi uma alegria e tanto!!!

 

Eu ainda estava eufórico com os e-mails recebidos que, na sua maioria, eram de torcedores apaixonados do Bahia como eu, que demonstravam todo o apoio às minhas palavras. Um deles, Luiz Gabriel, inclusive, me confidenciou que estaria mantendo contado com Marcelinho Guimarães e que na semana seguinte estaria agendada uma reunião com o presidente no intuito de discutir e propor novas idéias para o Esquadrão. E eu estava convidado. Pensei na hora: Meu artigo já deu resultado!!!

 

Porém, teve um único e-mail que me deixou “retado”! Um cara aí, que se dizia torcedor do Bahia, me escreveu criticando a minha postura, dizendo que o Bahia é uma nação imensa e que a diretoria deveria ter o apoio da torcida, concluindo, ainda, nessas palavras, que “público zero é o ca***lho”.

 

Coincidência ou não a sua crítica foi escrita no dia 26/07/2009, domingo, ou seja, no dia seguinte ao triunfo sob o Vasco. Emoção e euforia não me impulsionam mais. Aprendi a analisar a partida de futebol, assim como aprendi a analisar o mandato do presidente do Bahia, ou seja, de forma imparcial e racional.

 

Ainda naquele domingo acessei o orkut e li as maiores barbaridades na comunidade do Bahia. Teve um que criou um tópico dizendo que Comelli mudou a cara do Bahia. Outro lunático enfatizou acrescentando que o time que jogou contra o Vasco estava pronto para série A precisando, apenas, de 1 ou 2 peças de reposição. Pasmem!

 

Não é admissível que todos, sem exceção, não enxerguem que o Bahia está mal armado. Aliás, desde Gallo, passando por Comelli, a desarrumação em campo é clara. O volante Elton, por exemplo, não pode jogar como 3º ou 4º homem de meio de campo. Marcone não acerta um passe. A bola não chega em Reinaldo  Alagoano. Ávine e Marcos são muito bons no apoio, mas precisam de cobertura nas suas decidas. O Bahia precisa de 2 meias urgentes.

 

Ainda não vi nenhuma partida do Bahia esse ano que tenha dado gosto. Contra o Vasco não foi diferente, era pra termos tomado uma sarrafada se não fosse os 2 gols de escanteio “achados” no jogo. Contra o fraco Fortaleza era pra termos tomado uns 5 ou 6.

 

Ontem demitiram Comelli. Na minha opinião era um técnico fraco, retranqueiro e que mudava mal. Não esqueci da entrada de Dedé no meio-de-campo no lugar de Ananias no jogo contra o Juventude, tampouco da entrada de Marcone quando precisávamos empatar o jogo contra o Fortaleza. Porém, tudo isso é irrelevante quando não se tem no plantel um camisa 10 que cadencie o jogo e faça com que o Bahia deixe de se defender durante 80% do jogo e passe ter a posse de bola no campo do adversário. Enquanto isso não acontecer, não irei criticar Alagoano pelas poucas oportunidades que ele, às vezes, desperdiça, nem do voluntarioso Ávine que não recebe uma bola na linha de fundo à ponto de cruzá-la.

 

O que fica evidente com tudo isso é o descompasso entre Marcelinho e Carneiro. Um contrata e o outro demite, um anuncia e o outro desmente. Resta-nos torcer por Sérgio Guedes para que consiga convencer um dos dois (não sei qual) a trazer um camisa 10 de nome e que consiga arrumar o Bahia. Assim, acho que ainda dá pra subir.

 

Não sou à favor do público zero porque eu não consigo ficar em casa ouvindo ou assistindo o Bahia tomar sufoco. No estádio tenho a sensação de que meus gritos serão ouvidos e que o treinador, seja lá qual for, irá me ouvir quando, por exemplo, um meia se contundir e ao invés dele improvisar um atacante no meio ou até jogar no 4-3-3, chamar marcone ou dedé para segurar o resultado em casa contra o juventude. Assim como eu, sei que existem outros tricolores que pensam da mesma forma.

 

O que não admito é cerceiem ou oprimam qualquer forma de protesto, seja ela qual for. Quem não quiser ir para o jogo e clamar pelo público zero, tem todo direito. Como eu finalizei no outro artigo, não sejam omissos.

 

E para aqueles que ficaram curiosos, Luiz Gabriel me disse que não mais conseguiu falar com Marcelinho Guimarães sobre a tal reunião. Não me admira, uma vez que ele não tem tempo sequer de ir aos jogos do Bahia, quiçá para “perder seu tempo” com torcedores “idiotas” como nós, que pagamos ingresso e sofremos todos os anos.

 

Salvador, 03 de agosto de 2009.

 

Leonardo Barbosa, 27 anos, advogado.

E-mail: [email protected]


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