Emprestado ao Palmeiras, Carlos assume protagonismo e ganha braçadeira de capitão da equipe Sub20
Vivendo um momento extremamente delicado na Série B do Brasileiro, o Esporte Clube Vitória tenta, da maneira que pode, se afastar da zona de rebaixamento e dar um momento de paz para seu torcedor. No entanto, a má gestão do clube segue prejudicando o amadurecimento da equipe e provando uma certa incoerência quando o assunto é o aproveitamento do que sempre foi uma marca registrada da equipe, conhecida dentro e fora do país: sua fábrica de talentos.
Nos últimos anos, o rubro-negro baiano vem aproveitando cada vez menos seus ativos e negociando “a preço de banana” jogadores promissores e que, com certeza, ajudariam a livrar o clube da instabilidade. É o caso do zagueiro Carlos, que chegou ao Leão com 10 anos de idade, mas desde o ano passado, o pertence a Jacuipense. No entanto, devido a parceria entre as equipes baianas o Vitória tem uma parcela dos direitos do atleta. O defensor retornou ao Barradão após a chegada de Paulo Carneiro, que estendeu o vínculo com ele até o final de 2022.
Acontece que com um atleta de 20 anos no plantel, o atual presidente Paulo Carneiro optou por emprestar o garoto ao Palmeiras até a metade de 2021, e bancar, por exemplo, o retorno do experiente Wallace, que deve ganhar 4x mais do que a jovem promessa.
Integrado ao time comandado por Wesley Carvalho, ex-Vitória, Carlos chegou cheio de moral e já ganhou a confiança de toda comissão técnica. Na noite deste domingo, o zagueiro recebeu a braçadeira de capitão e ajudou seus companheiros a vencer o Ceará por 3 a 1, no Allianz Parque, com uma atuação bastante lúcida e consistente, que rendeu elogiou da torcida nas redes sociais.
De acordo com PC, o valor do empréstimo foi “alto” e como o clube paulista tinha muito interesse, resolveu bancar.
“Só se faz dinheiro com atletas formados no clube. Nós também vendemos, só que vimos que para vender, tem que jogar em cima. O Palmeiras tinha muito interesse nele, nós pedimos um valor alto pelo empréstimo e um valor alto pela opção de compra. Negociamos esses valores."
Vale lembrar que o atual discurso do mandatário rubro-negro desconstrói tudo o que ele havia prometido no início de sua gestão quando apontou por diversas vezes que o Vitória não iria mais negociar atletas sem ter passado pela equipe principal e dado sua parcela de contribuição.
Em 2020, Carlos transitou entre a equipe de aspirantes e o time principal. Ele compôs o grupo que participou do Baianão, sob o comando de Agnaldo Liz, e ainda realizou uma partida na Copa do Brasil. Ao todo, o zagueiro só entrou em campo cinco vezes na temporada.
A torcida deve se acostumar com futuras futuras negociações de jogadores, sem sequer "deixar sua parcela de contribuição" no time de cima.